O piloto sul-matogrossense Rafael Motta passa bem após o impressionante acidente sofrido na corrida do último domingo da Fórmula Chevrolet, em Interlagos. Ele continua internado para observação no Hospital São Luiz, mas exames detalhados não confirmaram as suspeitas de traumatismo crânio-encefálico e cervical presentes no primeiro boletim médico, divulgado no autódromo pouco depois da batida. Rafael Motta teve estiramento e distensão de músculos do pescoço, fraturas no pulso direito e no tornozelo esquerdo, luxação em dois dedos da mão direita e escoriações pelo corpo todo, segundo os médicos do São Luiz.
Apesar da violência da batida, os tubos do chassi que protegem o piloto resistiram ao impacto no muro da parte interna da Reta Oposta e à série de capotagens. "Meu santo é forte, mas foi o Santo Antônio que me salvou. Aquilo é santo mesmo", ainda brincou Rafael na manhã desta segunda. A estrutura que protege a cabeça dos pilotos em caso de capotagem absorveu o impacto contra o solo e impediu que o sul-matogrossense sofresse maiores danos no crânio e na coluna cervical. "Mesmo assim o capacete do Rafael rachou na parte de trás, provavelmente porque ele deve ter batido várias vezes a cabeça dentro do próprio carro", contou George Motta, pai do piloto.
Rafael Motta disse que se lembra da fechada e do toque que levou do paulista Alexandre Miranda e da primeira batida, mas que desmaiou logo em seguida e só acordou quando estava entrando no ambulatório do circuito. Ele chegou ao hospital consciente e conversando, e assistiu ao VT da corrida transmitido à noite. "Foi um dos acidentes mais sérios que eu já vi", comentou. Realmente, este foi o mais grave acidente da Fórmula Chevrolet, que está completando dez anos de existência no Brasil. |
