Com os ânimos ainda acirrados em função da fraude que foi a eleição de Waldner “Dadai” Bernardo para a presidência da CBA no dia 20 de janeiro, as atenções agora se voltam para Santa Catarina, estado onde o presidente da Federação Almir Petris “atropelou” as opiniões dos representantes dos clubes filiados e deu seu voto ao pernambucano, que em troca lhe presenteou com a primeira vice-presidência da entidade sediada no Rio de Janeiro.
A campanha para a eleição do novo presidente da Federação de Automobilismo de Santa Catarina tem sido marcada por atitudes canalhas de Petris, que vem sistematicamente ameaçando os clubes que não declaram apoio a Marco Aurélio Perdigão de Carvalho, o “Lelo”, seu candidato no pleito que acontecerá hoje 22/02.
Nas últimas semanas, Petris tem focado suas ameaças no Caçador Kart Clube, que vai sediar a rodada catarinense do Campeonato Sul-Brasileiro de Kart entre os dias 20 e 23 de abril.
Num primeiro momento, Almir disse ao presidente do Clube de Caçador Robson Olsen - seu ferrenho opositor - que caso ele não “mudasse de lado” iria usar o cargo que exercerá na CBA a partir de 15 de março para fazer com que a Confederação puna o Clube, algo sem a mínima conexão com a realidade, já que os Clubes são ligados exclusivamente à Federação estadual, e o Sul-Brasileiro é promovido em conjunto pelas Federações gaúcha, catarinense e paranaense.
Ao notar que seu argumento “não colou”, Almir Petris – que comanda a FAUESC há seis anos -, ameaçou proibir a realização do Sul-Brasileiro em Caçador, outra manifestação de desespero que virou água, já que as Federações do RS e do PR bateram o pé e alegaram que seus pilotos sairiam prejudicados em função das reservas antecipadas já feitas na rede hoteleira da cidade.
Uma teta fantasma, gigantesca e cara
Para explicar as práticas que Almir Petris vem adotando na tentativa de colocar Lelo em seu lugar, é necessário retroceder no tempo, mais exatamente até o ano de 2006, quando o então presidente da FAUESC Jairo Albuquerque (que ao renunciar em função de diversas denúncias colocou Almir em seu lugar) anunciou a construção de um autódromo na cidade de Canelinha, distante cerca de 70 quilômetros de Florianópolis.
A partir do lançamento daquela área sem coisa nenhuma, e dos depoimentos de moradores da região que revelaram que o local não tem a estabilidade de solo necessária à construção de um Autódromo por ter sido durante muito tempo explorada para a retirada de argila para olarias próximas, começou uma verdadeira “Farra do Boi” em boa parte promovida com o dinheiro do contribuinte catarinense que Petris conseguia através de um simples telefonema para seu amigo Gilmar Knaesel, presidente da FUNDESPORTE, a Fundação estadual responsável pelo estímulo ao esporte.
O verdadeiro oceano de dinheiro saído dos cofres da FUNDESPORTE – que à sombra da lei nem poderia sair, já que o “quase pista de corridas” é um empreendimento particular -, obviamente serviu a Jairo Albuquerque, que colocou Almir Petris como responsável por fazer malabarismos se necessário para esconder a podridão que assola a FAUESC.
Será que é mesmo necessário explicar porque Petris tem defendido com unhas e dentes a eleição de Lelo em detrimento à do integrante da chapa oposicionista “Renovação” João Alfredo de Novaes?, parece que não precisa, né?...
Nota: Na semana passada e nesta,
Nelson Amaral, um "promotor" de corridas e lambe-botas de Petris, vem ligando para os Clubes de Kart lembrando a seus presidentes da "importância" do voto na chapa do atual presidente da FAUESC, não fazendo nenhuma questão de esconder que quem votar na oposição sofrerá represálias caso Lelo seja eleito. |
