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Um GP mais antigo que o próprio ?circo? ? Parte 1
Terça-feira, 09 de Setembro de 2003
 
O Grande Prêmio da Itália, prova válida pela 14ª etapa do Mundial 2003 que será disputada no próximo domingo em Monza, carrega uma tradição, sendo mais antigo até mesmo que a própria categoria que o disputará.

Muito antes da Fórmula 1 passar a existir? em 1950 -, a Terra da Bota já havia tido 19 GPs disputados, o primeiro deles no circuito de Montichiari, uma espécie de trioval nas proximidades de Brescia, onde o traçado triangular de 17.300 metros era formado por duas enormes retas (uma de 5 outra de 6 quilômetros), entremeadas por curvas de alta velocidade.

O primeiro GP italiano, disputado em 1921, foi promovido por Arturo Mercanti, o Diretor do Automóvel Clube de Milão, que um ano mais tarde seria um dos principais incentivadores da construção da pista que vai sediar a disputa do próximo domingo.

Naquela corrida foram usados os mesmos carros das provas em Indianápolis, com motores de 3 litros e peso mínimo de 800 kg. No primeiro GP da Itália, o grid foi formado por seis carros: três Ballot, veículos franceses equipados com motores de 8 cilindros e 2.970cc, e três Fiat 802, carros que também tinham propulsores de 8 cilindros, mas que tinham 2.973cc e 120 hp.

Os Ballot foram pilotados pelos franceses Jules Goux e Jean Chassagne, e pelo norte-americano Ralph de Palma, enquanto as ?macchinas? italianas tiveram a pilotagem dos locais Pietro Bordino e Ugo Sivocci, e do francês Louis Wagner.

Bordino liderou a maior parte da corrida, mas teve de desistir depois de ter problemas com o magneto de seu carro, o que abriu caminho para que o primeiro ?Gran Premio D´Italia? fosse vencido por Jules Goux, um parisiense nascido em 1885 que antes havia ganho a ?Targa Flório?, em 1909, e a ?500 Milhas de Indianápolis?, em 1913.

A inauguração de Monza

O sucesso da prova de 1921 levou o Presidente do Automóvel Clube de Milão, o Senador Sílvio Crespi, a encabeçar junto com o Diretor de Organização Arturo Mercanti e ao Engenheiro Piero Puricelli (responsável pelo projeto do traçado) o movimento para que um traçado fosse construído no interior do Parque de Monza.

O lançamento da Pedra Fundamental do novo circuito por Vicenzo Lancia e Felice Nazzaro, em 26 de fevereiro de 1922, foi o passo inicial em direção ao traçado que vai sediar a corrida do domingo, mas foi também o princípio de uma verdadeira guerra que pessoas contra o surgimento da pista iniciaram.

O burburinho dos contrários ao surgimento do traçado foi tanto, que o Secretário de Ensino Público chegou a ordenar a suspensão dos trabalhos por razões ?de valor artístico e de conservação da paisagem?, um imbróglio que só foi solucionado em abril, após desgastantes negociações, permitindo que os 3.500 operários pudessem retomar as obras.

Em 28 de julho de 1922 Felice Nazzaro e Pietro Bordino usaram um Fiat 501 para o primeiro teste da pista, que viria a ser concluída 20 de agosto, quando o circuito misto de 5.500 metros e um anel de velocidade de 4.500 ficou pronto, tendo características não muito diferentes das que conhecemos hoje.

A primeira corrida no então novo circuito teve 39 carros inscritos, dos quais apenas 8 participaram da disputa de 10 de setembro, quando cerca de 100 mil pessoas se acotovelaram ao redor do circuito onde as arquibancadas ofereciam 20 mil lugares para os espectadores.

Três Fiat 804, com motores de 6 cilindros, 1.991cc e 92 hp, participaram conduzidos por Pietro Bordino, Felice Nazzaro e Enrico Giaccone; dois Diatto 4DC de 4 cilindros, 1.997cc e 75 hp, competiram com a condução de Guido Meregalli e Alfieri Maserati (que juntamente com seus irmãos Carlo, Ernesto e Ettore iria fundar a Maserati em 1926), numa prova onde participaram também dois Heim 8/40PS de 4 cilindros, com Franz Heim e Renhold Stahl e uma Bugatti T30, de Pierre de Vizcaya.

De Vizcaya chegou a Monza com o Bugatti que havia dirigido desde a fábrica em Molsheim, na França, fato que acabou provocando desgaste excessivo dos pneus. Quando estava próximo de desistir de participar, a Fiat cedeu-lhe rodas e pneus, com o objetivo de tê-lo no grid.

Como já era esperado, Nazzaro e Bordino dispararam no comando da prova, enquanto o terceiro carro da marca de Turim, o de Meregalli, ficou parado na linha de largada com a transmissão quebrada. O único carro a conseguir acompanhar o ritmo dos Fiat foi o Bugatti de Vizcaya que acabou ficando muito tempo parado ao trocar as velas.

Bordino acabou vencendo à média de 139,855 km/h, um feito incomum para os carros da época equipados com motores de 2.000cc e menos de 100 hp. Nazzaro ficou em segundo com duas voltas de desvantagem, e Vizcaya foi o terceiro.

Você pode usar este link para conferir quem foram os três melhores colocados em cada um dos GPs da Itália disputados antes da primeira prova do ?circo?.
 
Jorge Kraucher
 
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