Patrick Head, diretor técnico da equipe Williams, disse que existem significativos problemas com relação à possibilidade de que as principais equipes da Fórmula 1 coloquem 3 carros na pista.
A discussão a respeito começou depois que os problemas financeiros que a Arrows vem sofrendo, e a incerteza quanto ao futuro do time, foram tornados públicos. É que um dos termos do Acord de La Concorde - o pacto secreto entre as equipes do "circo"-, prevê que a quantidade de carros num determinado grid não deve ser menor que 20, o que se acontecer forçará às principais equipes a terem 3 carros, o que visa manter o alinhamento cheio.
Segundo Head, dois fatores tornam a operação bastante difícil: o custo adicional para as equipes e a luta dos times médios para conseguirem fazer frente ao poderio reforçado das grandes escuderias. "Obviamente espero que a Arrows consiga continuar", falou Head. "Porém, ouvi que se mencionou o assunto, ainda que o fato de ter um terceiro carro aumenta consideravelmente o custo a ser considerado antes que algo realmente aconteça. Além disso, há de se discutir que mecanismo determinará a inscrição de um terceiro carro", ele falou.
Head mencionou ainda que a eventual adoção do novo esquema vai praticamente triplicar os problemas dos times intermediários. "Geralmente, as principais equipes são bastante confiáveis. No momento, com a Ferrari, a Williams e a McLaren, é necessário que um dos carros tenha problemas para que os times intermediários possam ter algum carro na 5ª e 6ª posições. Em 2000 foi isto o que aconteceu de uma maneira geral. Competíamos esperando que os carros quebrassem para podermos somar alguns pontos", recordou.
Patrick disse ainda: "Se tivermos as três principais equipes correndo com três carros cada, isto significaria ter as 9 primeiras posições ocupadas, e teriam de haver 4 abandonos para que uma equipe intermediária pudesse estar na zona de pontos. Assim, penso que haverão algumas desvantagens para as equipes que não estarão na frente, e apesar de não estarmos neste grupo ainda, espero que a Fórmula 1 possa se fortalecer para que possamos continuar correndo com mais de dez equipes", concluiu.
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