Com 200 pontos ainda em jogo, passada a 5ª etapa do Campeonato Brasileiro Trofeo Maserati, realizada no dia 17 de julho, em Interlagos, todos os pilotos ainda têm chances matemáticas de chegar ao título da temporada 2005. No entanto, a partir da 6ª etapa, a ser realizada no dia 14 de agosto, no novíssimo Autódromo Internacional de Santa Cruz do Sul, a 155 quilômetros de Porto Alegre, as definições podem estar acontecendo especialmente ao bloco de pilotos que, hoje, encontra-se no final da tabela de classificação geral.
Vale lembrar que nas nove etapas do Trofeo Maserati, da temporada 2005, estão em jogo 450 pontos. Até a 5ª etapa, 250 pontos foram disputados. Seis pilotos já conseguiram pontuação acima de 100. No bloco intermediário, outros seis pilotos somam de 50 a 100 pontos e ainda mais quatro pilotos totalizam abaixo de 50 pontos.
Na ponta estão Alencar Jr., com 164 pontos; João Adibe, 144; R. Derani, 124; C. Lunardi, 122; Renato Cattalini, 114; e Marcelo Ometto, 102. Na realidade, em Santa Cruz do Sul, caso um desses pilotos consiga somar mais 50 pontos, certamente vai disparar, faltando apenas 3 corridas ? em São Paulo, dia 25 de setembro, quando será a preliminar do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, em Curitiba, dia 9 de outubro, e novamente em Interlagos, no dia 20 de novembro.
De qualquer maneira, o bloco da liderança mostra até agora um equilíbrio e, sobretudo, regularidade em suas performances de pilotagem e de conjunto do carro. Dos seis pilotos do primeiro bloco, três conseguiram a totalização máxima (50 pontos): João Adibe, na primeira etapa em São Paulo (3 de abril); Renato Cattalini, na etapa de Brasília (17 de abril) e Alencar Jr., na etapa de São Paulo, no dia 17 de julho. Além disso, C. Lunardi e João Adibe arrancaram 45 pontos, respectivamente, nas etapas do Rio de Janeiro e Curitiba. Destaque para os pilotos R. Derani e Marcello Ometto, que se valeram da regularidade em todas as provas.
No bloco intermediário da tábua de classificação encontram-se Antonio Hermann (98 pontos); C. Longo (71); Luís Cláudio Assaf ? Tatu (69); A.C. Baptista (66) e Paulo de Tarso (60). Uma vitória de 50 pontos, de um dos pilotos desse grupo, aliada a um ?escorregão? de um daqueles do primeiro bloco, pode embolar ainda mais da classificação.
E, no terceiro bloco, dependendo dos resultados de Santa Cruz do Sul, a três etapas do final, para M. Billi, A. Conte, W. Derani e V. Rossete pode significar o fim da temporada. No entanto, valem algumas ressalvas. De cinco etapas, M. Billi não conseguiu concluir três etapas (São Paulo, Curitiba e novamente São Paulo). A. Conte, por motivos pessoais, não participou das etapas do Rio de Janeiro e Curitiba. W. Derani não concluiu a etapa do Rio de Janeiro. E, finalmente, V. Rossete não conseguiu concluir quatro etapas (São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e novamente São Paulo). Ele só pontuou em Brasília, onde somou 13 pontos.
Treinos, um diferencial - Pela primeira vez, os 16 pilotos do Campeonato Brasileiro Trofeo Maserati vão correr no Autódromo Internacional de Santa Cruz do Sul, daqui a 12 dias, no dia 14 de agosto. Portanto, o desafio em guiar em circuito ?desconhecido? está lançado. A pista de Santa Cruz do Sul, no sentido anti-horário, tem 3.530 metros de extensão, com sete curvas para a direita, sete para a esquerda e uma reta de 753 metros.
Na avaliação de Chico Serra, diretor esportivo do Trofeo Maserati, que também não conhece a pista, ?os treinos livres oficiais passam a ter maior importância, obviamente. É fundamental que os pilotos aproveitem muito bem os treinos para conhecer cada detalhe da pista, observar as referências. E, finalmente, estar muito atento aos pontos de ultrapassagens?.
Chico Serra, no entanto, entende também que um circuito desconhecido é um desafio a qualquer piloto. ?O fato de estar conhecendo a pista exige mais do piloto. Além disso, como se trata da primeira vez, todos os pilotos vão entrar na pista em condições iguais. Certamente, a capacidade de assimilação do traçado e a habilidade do piloto vão fazer a diferente?, ressalta.
Também na mesma linha de Chico Serra, para o piloto de Stock Car V8 e personal driver de João Adibe e F. Longo, Ricardo Maurício, ?assimilar nos treinos livres os pontos de freada, de ultrapassagens, observar os pontos da pista onde os pilotos ?escaparam? e prováveis pontos de rodadas, é imprescindível?.
Mas, sobretudo, os três treinos livres oficiais do Trofeo Maserati serão determinantes para o sucesso ou insucesso do piloto gentleman driver. ?Sabemos que os pilotos diferem-se entre si. Uns têm mais facilidades em assimilar o traçado do que outros. Isso é natural. O importante é levar com seriedade os três treinos livres oficiais e ?pegar? as referências da pista?, finaliza.
?Frentes de trabalho? - A arrecadação de alimentos não perecíveis da 6ª etapa do Campeonato Brasileiro Trofeo Maserati, no Autódromo Internacional de Santa Cruz do Sul, será doada à Secretaria de Desenvolvimento Social do município que, por sua vez, será distribuída a todos os projetos sociais daquele órgão, em especial do programa ?Frentes de Trabalho?.
A população de Santa Cruz do Sul poderá assistir à corrida, cujo ingresso será um quilo de alimento não perecível. A responsabilidade da arrecadação será da primeira-dama Vera Wenzel, da vice-prefeita Helena Hermany e da própria Secretaria de Desenvolvimento Social. Um dos principais programas desta secretaria, ?Frentes de Trabalho? contempla um dia de trabalho do voluntário a alimentação do dia. Além disso, prevê doação de cesta básica aos desempregados e carentes da cidade.
A exemplo da última etapa em São Paulo, quando o Trofeo Maserati recebeu quase 15 mil visitantes e arrecadou 7 toneladas, os organizadores esperam dobrar os recordes no Autódromo Internacional de Santa Cruz do Sul. |
