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Circuito em Interlagos completa seu 63º aniversário
Segunda-feira, 12 de Maio de 2003
 
O hoje denominado Autódromo Internacional José Carlos Pace, que foi inaugurado com a denominação de Autódromo de Interlagos, está completando nesta segunda-feira seu 63º aniversário.

Atualmente com um traçado muito diferente daquele que foi projetado por Louis Romero Sanson, a pista dispõe hoje de instalações e áreas de escape equiparáveis aos melhores circuitos do planeta, tendo alguns trechos recobertos com asfalto especial com polímeros, que existe, por exemplo, na pista de Silverstone, na Inglaterra.

Municipalizado depois que seus construtores não conseguiram saldar as dívidas necessárias à criação, o circuito que durante muitos anos foi denominado Autódromo Municipal de Interlagos teve diversos altos e baixos, tendo vivido épocas de abandono total, muito diferente do que ocorre hoje, quando, por força das provas que a Fórmula 1 vem realizando anualmente desde 1990, a conservação é constante.

Tudo começou com o ?Grande Prêmio São Paulo?

A primeira página da história do circuito situado na Zona Sul da capital paulistana ? que teve suas portas abertas no dia 12 de maio de 1940 ? foi escrita através da realização do ?Grande Prêmio São Paulo?, uma prova com 25 voltas pelo traçado que então tinha 7.933 metros onde a vitória foi de Arthur Nascimento Júnior, que, com um Alfa Romeo 3.500cc cruzou a linha de chegada depois de 1h46min44 adiante de Chico Landi, que correu com um Maserati 3.000 cc, e de Geraldo Avelar, que também disputou a corrida com um modelo Alfa Romeo, este, porém, com propulsor de 2.700cc.

Definido pelo ?Barão? Wilson Fittipaldi como ?um caminho asfaltado no meio do mato?, o traçado de fins dos anos 40 e início dos anos 50 nada tinha a ver com o que conhecemos hoje. Havia mato, e muito, e o asfalto não passava de uma camada fina de material pouco resistente às chuvas e à passagem dos carros.

Esta situação levou Fittipaldi a ter de recorrer ao então prefeito de Santo Amaro (hoje bairro da capital paulistana) Scalamandré Sobrinho para que algumas máquinas fossem deslocadas para o local, a fim de serem usadas nas melhorias na pista necessárias à realização da primeira edição da Mil Milhas Brasileiras, que aconteceu no dia 24 de novembro de 1956, com a participação de 22 carros.

Daí para frente, a única praça para a prática de Automobilismo no Asfalto dentro do estado de São Paulo teve muitos altos e baixos, muitas vezes permanecendo fechada por longos períodos até que reformas lhe devolvessem as condições ideais.

Dos muitos fechamentos para reformas, dois aconteceram em finais dos anos 60 e início dos 70. Em 1969, os buracos eram muitos novamente, o que forçou a interdição até o início de 1970, mais precisamente até o dia 29 de fevereiro daquele ano, quando uma corrida do Torneio BUA (o precursor do Campeonato Brasileiro de Fórmula Ford) vencida por Emerson Fittipaldi foi disputada na reinauguração.

Foi ainda no final de 1970 que ocorreu outro fechamento da pista, que desta vez recebeu obras mais abrangentes, como a instalação de galerias para águas pluviais, alambrados nas áreas de boxes e uma Torre de cronometragem, não a que conhecemos hoje, mas com a localização praticamente no mesmo local.

A nova reinauguração aconteceu com uma disputa da Fórmula 2 onde outra vez o triunfo foi de Emerson Fittipaldi, que cruzou a linha final adiante de Ronnie Peterson.

A primeira visita do ?circo?

A Fórmula 1, a mais badalada categoria de automobilismo do planeta, fez sua primeira visita a Interlagos em 1972, disputando uma corrida que não valeu para o certame, mas para a homologação do circuito onde o vencedor foi de novo Emerson Fittipaldi.

Foi a partir de 1973 que provas oficiais de Fórmula 1 passaram a ser disputadas no traçado paulistano, que no próprio GP de 73, e no do ano seguinte, foi o palco de mais dois triunfos de Emerson, e que na corrida de 1975 sediou a única vitória alcançada na carreira do José Carlos Pace, o ?Moco?, que viria a falecer em 1977, num acidente aéreo.

Tudo novo em 1990

Era outubro de 1989 quando o então Presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo Piero Gancia recebeu do todo-poderoso homem do ?circo? Bernie Ecclestone um ultimato: ?Ou vocês arrumam um outro circuito, ou a Fórmula 1 não volta a ter corridas no Brasil?.

Diante disso, ainda do hotel onde estava hospedado em Paris (onde está localizada a sede da Federação Internacional de Automobilismo), Gancia telefonou para a então Prefeita de São Paulo Luiza Erundina, indagando a respeito da possibilidade da realização de reformas na pista e nos boxes do traçado que a partir de 26 de dezembro de 1985 passou a chamar-se oficialmente ?Autódromo Municipal José Carlos Pace".

A administração de Luiza Erundina topou o desafio, e, em meados de novembro ainda do ano de 1989, começou a colocar abaixo os antigos boxes e Torre de Cronometragem, além de deslocar máquinas e caminhões para o traçado que passaria a ser bem mais curto que o de 7.823 metros que havia sediado as provas anteriores do ?circo?.

Como num passe de mágica, três meses depois do início das obras, os boxes, a Torre de Cronometragem e a pista estavam praticamente concluídas, faltando alguns detalhes para que o ?novo? traçado pudesse receber a Fórmula 1.

E foi num trabalho que se estendia dia e noite em dias úteis, finais de semana e feriados que os últimos retoques foram dados, permitindo que o ?circo? realizasse no inteiramente reformado circuito paulistano sua prova de 1990, que começou e terminou com Alain Prost na frente, a bordo de um bólido da Ferrari.

De lá para cá, a história do circuito paulistano tem recebido apenas melhorias, o que é bom não apenas para o automobilismo de São Paulo, mas sim para o esporte de todo o Brasil.

Parabéns a Interlagos, e a todos aqueles que ajudaram a escrever a história do traçado ao longo destes 63 anos.
 
Jorge Kraucher
 
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