O principal motivo para o adiamento da Firestone Firehawk 600 foi a preocupação com a segurança dos pilotos. Segundo o Dr. Steve Olvey, médico oficial da Fórmula CART/FedEx, o corpo humano suporta continuamente uma aceleração lateral de 4,5g, e os pilotos seriam exigidos a 4,33 durante 600 quilômetros.
"É a chamada força g que pressiona os pilotos contra o chão, fazendo com que se sintam comprimidos. O sangue se concentra em um só lado do cérebro e os pilotos podem perder noção do espaço, enxergando tudo cinza e não tendo sequer condições de andar nos cinco primeiros minutos depois que descem dos carros", disse.
O que mais preocupou Olvey foi que esses sintomas foram encontrados já nos treinos, quando os pilotos não andam continuamente como nas corridas. Todos que andaram por mais de 25 voltas reclamaram de dor de cabeça. "Na reunião dos pilotos, perguntei se alguém havia sentido algo parecido e fiquei surpreso ao ver 23 mãos levantadas. Os pilotos estavam com medo de correr e continuar sentindo aquilo", disse Olvey. "Consultei até um médico da NASA para entender, já que não vi nada igual em 25 anos de trabalho em corridas". |
