Beto Monteiro venceu em Goiânia a quarta etapa do Campeonato Brasileiro da Fórmula Truck, uma disputa eletrizante ao longo de todas suas voltas, tanto que o segundo triunfo do pernambucano na temporada só se confirmou nos metros finais, quando superou o paulista Roberval Andrade, que mantinha-se na frente desde a quinta passagem.
Na quadriculada, Monteiro tinha a escolta de Renato Martins, Jonatas Borlenghi, Djalma Fogaça, Roberval Andrade e Eduardo Fráguas.
Emoção do começo ao fim
A quarta etapa do Campeonato Brasileiro da Fórmula Truck foi absolutamente imprevisível desde o final da classificatória do sábado, quando nada menos que onze pilotos sofreram penalização por excesso de fumaça em seus brutos, perdendo as posições que ocupariam no grid.
Dentre o verdadeiro batalhão de pilotos que tiveram de largar atrás, estava o paulista Roberval Andrade, que acabou alinhando o Scania com o qual havia vencido a etapa anterior em São Paulo apenas na 14ª posição.
Foi no momento em que o Diretor de Prova Carlos Montagner acionou a bandeira verde que Andrade começaria seu show, fazendo uma série de ultrapassagens espetaculares, a mais sensacional delas sobre seu conterrâneo Renato Martins, no quinto giro, quando assumiu a liderança da corrida.
Com Roberval Andrade no comando das ações, seguido bem de perto por Martins e pelo líder da tabela de classificação Beto Monteiro, o show ficava por conta de Johnatas Borlenghi, Giuseppe Marinelli e Djalma Fogaça ? outro dos que haviam perdido posições no grid por excesso de fumaça -, que travavam uma verdadeira guerra pelo quinto lugar.
No sétimo giro, Beto Monteiro colocou seu Ford na perseguição ao caminhão de Roberval, trazendo atrás de si os Volkswagen de Vignaldo Fizio e de Renato Martins, que caíra para o quarto lugar.
Enquanto os ?pegas? acirrados aconteciam na pista, nos boxes o campeão da última temporada Wellington Cirino lamentava o superaquecimento do motor de seu Mercedes-Benz, o caminhão que havia rendido melhor na tomada de tempos.
Também paranaense, Pedro Muffato lamentava o motivo que o alijou da competição: ?Quebrou a alavanca de câmbio. Agora só falta quebrar um eixo ou uma roda?, reclamou.
Mais emoção na segunda parte da disputa
Se as 12 voltas antes da bandeira verde e amarela quadriculada foram emocionantes, a segunda parte da disputa que teve a primeira encerrada com Roberval Andrade, Beto Monteiro, Vignaldo Fizio, Renato Martins Johnatas Borlenghi e Leandro Totti nas primeiras colocações reservaria ainda muitas emoções.
E a primeira delas veio já depois da nova bandeira verde, quando Vignaldo Fizio superou Beto Monteiro, roubando-lhe o segundo lugar que o pernambucano recuperaria ainda antes do fechamento do 13º giro.
Com o desgaste excessivo dos pneus em função das disputas acirradas e dos 42 graus atingidos pelo asfalto, o pelotão de frente continuava a ter como únicos detentores de colocações ?definitivas? até aquela altura Roberval Andrade, Beto Monteiro, Renato Martins e Djalma Fogaça, que era seguido muito de perto por Leandro Totti, que por ter ficado sem freios, provocou a rodada de seu Ford, evitando ?encher? a traseira do Cargo de Djalma.
Roberval seguia líder na 28ª volta, quando Beto Monteiro perdeu o ponto ideal de frenagem, cedendo a segunda posição para Renato Martins, e passando a ser perseguido por Johnatas Borlenghi e Djalma Fogaça, outro que em função de problemas com os freios acabou rodando, mas pôde retornar à disputa.
Quando o pelotão iniciou a última volta, Beto Monteiro era outra vez o segundo colocado, momento no qual a parte traseira da carenagem do caminhão de Roberval Andrade soltou-se, fazendo com que o paulista rodasse, oportunidade que Monteiro aproveitou para assumir a posição que lhe valeria não apenas o segundo triunfo do ano, mas também a manutenção da liderança da tabela, onde agora soma 82 pontos. |
