Reprodução de matéria da primeira edição do Speed On Line , de 26 de março de 1998.
A boataria em torno da troca de pilotos entre as equipes começou mais cedo do que nunca na Fórmula 1. Às vésperas do GP Brasil, apenas a segunda etapa da temporada, surgem indícios na imprensa italiana de uma possível transferência do brasileiro Rubens Barrichello para a Ferrari em 1999, em substituição ao irlandês Eddie Irvine. Um jornal de Bolonha publicou artigo assinado por Leo Turrini, famoso por antecipar as decisões da equipe italiana.
Segundo Turrini, a Ferrari teria interesse em alguém capaz de ajudar Michael Schumacher no desenvolvimento do carro e com capacidade de alcançar melhores resultados que o atual número dois da equipe.
Reconhecidamente rápido, Irvine está longe de contribuir com uma quantia significativa de pontos para a equipe no Mundial de Construtores - fez apenas 35 em dois anos na ?Rossa?.
Rubinho já esteve com um pé na escuderia mais tradicional da categoria em 1995, quando preferiu renovar com a Jordan a se tornar segundo piloto de Schumacher.
Com 25 anos, e entrando em sua sexta temporada na Fórmula 1, Barrichello é jovem e experiente, fatores que pesarão a seu favor na negociação. O piloto paulista tenta ainda conseguir um aliado decisivo para carimbar seu passaporte para uma equipe grande na Fórmula 1: a Rede Globo.
Como maior interessada no surgimento de um ídolo que alavanque os índices de audiência da categoria, especula-se que a Globo já estaria ?mexendo os pauzinhos? para garantir o ingresso de Ricardo Zonta e Max Wilson - pilotos de teste na McLaren e Williams, respectivamente - em condições competitivas.
Em reunião que teve com os dirigentes da emissora, Rubinho reivindicou apoio para conseguir se transferir para um time grande, onde poderá finalmente se converter de ?eterna promessa? em um piloto vencedor. |
