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Amir Nasr é o novo presidente da F3 Sudamericana |
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Amir Nasr, 38 anos, que dirige ao lado de Samir Nasr a equipe brasiliense de Fórmula 3 Amir Nasr Racing, foi eleito presidente da Fórmula 3 Sul-Americana pela assembléia geral da categoria, no último domingo, em Buenos Aires, Argentina. Participam da eleição os chefes de equipes que organizam a competição e o mandato tem duração de um ano, podendo ser renovado.
O dirigente brasiliense é o primeiro brasileiro a assumir tal posto desde a criação da sociedade binacional, em 1996, que gera os destinos na categoria de automobilismo mais rápida na América do Sul, cargo até então ocupado pelos dirigentes argentinos Fabian Malta, em 1997, 1998, 1999 e por Sérgio Polze 2000/2001. A escolha do nome de Amir Nasr foi por unanimidade, e oficializa uma função que ele já exercia no Brasil. "Acho que em parte foi justamente por esse meu envolvimento nas coisas da categoria aqui no Brasil. Eu já vinha atuando na venda de alguns eventos, como a corrida de Fortaleza, no ano passado, e as duas preliminares que a Fórmula 3 fez nas etapas brasileiras da Cart (Rio de Janeiro), em 1999 e 2000. Também é o caso dos contatos com a Firestone/Bridgestone, atualmente o principal patrocinador da categoria. Acho que foi a partir daí que se chegou à indicação do meu nome", especula Amir.
Dentre os objetivos que Amir Nasr quer implementar na categoria, dois se destacam. Um deles é conseguir junto ao setor de esportes da Globo um maior espaço para a Fórmula 3, uma maior destaque ao evento dentro da programação esportiva da emissora e no canal SportTV, que transmite as corridas para o Brasil. No plano internacional, a principal meta é o fortalecimento do grid da categoria, com um aumento de pilotos argentinos.
O foco de trabalho na Argentina, segundo o dirigente, será centrado junto aos empresários, patrocinadores e mídia esportiva daquele país, que direcionam uma fatia grande de investimento e espaço para as categorias locais de turismo em detrimento da formação de novos pilotos. "Os pilotos e dirigentes argentinos já se conscientizaram que a Fórmula 3 Sul-Americana é o caminho natural para eles voltarem a ter pilotos de nível na Fórmula 1 ou na Cart. Eles vêem o exemplo dos brasileiros Hélio Castroneves, Ricardo Zonta, Bruno Junqueira, Cristiano da Matta, e muitos outros, que fizeram da Fórmula 3 Sul-Americana um estágio seguro para chegar bem preparados nas categorias máximas do automobilismo mundial. O que falta é conscientizar os empresários e a mídia argentina a apoiar os novos pilotos de lá que saem do kart. No Brasil já temos uma boa estrutura com quatro grandes equipes (Amir Nasr Racing, Cesário Fórmula, Avalone Motorsport, PropCar), mais a equipe do Nelson Piquet que está chegando agora".
Além disso, Amir Nasr tem ainda outra trabalho a ser feito no plano interno, que é
ecuperar a capacidade de venda dos dirigentes brasileiros da categoria - os chefes de equipes que organizam o campeonato - depois da saída da ESPN Internacional. "Na verdade, como a ESPN (Internacional) detinha por contrato todos os espaços de comercialização das corridas na categoria, houve uma certa acomodação, eu diria quase geral, e que agora que esses espaços voltaram a ser da organização do evento é a hora de nos voltarmos para o marketing esportivo, pois temos um ótimo produto para vender", conclui o novo presidente da Fórmula 3 Sul-Americana
Colaborou Clóvis Grelak |
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Marcos Abreu Ferreira |
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