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F3 Sudamericana tem mais uma edição de seu ?GP de Mônaco? |
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O Campeonato Sul-Americano de Fórmula 3 terá seqüência no próximo domingo com a prova mais charmosa do calendário. A nona das 12 etapas vai reunir os pilotos do Brasil, da Argentina e do Uruguai na pista de rua do balneário uruguaio de Piriápolis. Trata-se do traçado mais travado utilizado pela categoria, que constitui um verdadeiro desafio para pilotos e equipes no trabalho de acerto do carro.A principal exigência para um bom desempenho é a perfeita sincronia entre boa tração nas saídas de curva e equilíbrio da parte frontal do chassi.
A etapa uruguaia da F-3 se assemelha em muito ao GP de Mônaco, mais tradicional e badalado do Mundial de Fórmula 1. Barcos e iates ancorados, o cassino, a Curva do Cassino, contornada em 90 graus, ruas sinuosas, guard-rails delimitando a pista, o público nas sacadas, o mar nesse caso, de água doce , tudo isso faz da prova uma versão continental da etapa monegasca da principal categoria do automobilismo mundial. ?Apesar do desafio, das dificuldades, é uma etapa que tem um clima todo diferente?, opina Thiago Medeiros.
O piloto paulista da Amir Nasr Racing, terceiro colocado no Sul-Americano de F-3, tem boas recordações de Piriápolis. Nas duas provas lá realizadas em 2000, conquistou uma pole-position, uma vitória e um segundo lugar. A equipe brasiliense, aliás, entra na disputa com dois pilotos que já ocuparam o degrau mais alto do pódio no Uruguai o gaúcho Juliano Moro, líder do campeonato, foi o vencedor em 1997, em sua segunda corrida na categoria. Em 2001, Moro ganhou metade das oito corridas já realizadas e soma 108 pontos.
As características do circuito de Piriápolis reforçam a importância de um bom desempenho nos treinos que vão definir o grid de largada. ?Como não há pontos de ultrapassagem, largar na frente é fundamental para chegar na frente?, opina Luís Medrado, também da Amir Nasr Racing, equipe que corre com apoio da CEB/Banco Regional de Brasília/Drugovich/JFM. Sem nunca ter disputado uma corrida de carros numa pista de rua, Luís adianta que vai usar os treinos livres para aprender o máximo, sem arriscar.
A corrida também vai marcar duas reestréias na categoria. O paranaense Alexandre Sperafico, enquanto negocia sua ida para a Fórmula Atlantic dos EUA, vai participar das duas próximas etapas, em Piriápolis e no autódromo argentino de Rio Cuarto, no dia 14. Ele vai defender a equipe Avallone Motorsport, que também acolhe de volta à F-3 sul-americana Giordano Hernández. O uruguaio fez algumas participações pela classe Light no ano passado e fará neste domingo sua estréia na subdivisão principal do campeonato. |
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Marcos Ferreira |
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