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Clima entre Daré e Hornish fica tenso depois de Nashville |
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O clima entre os pilotos da Indy Racing League Aírton Daré e Sam Hornish é de alta tensão desde o último sábado, quando o americano causou uma batida do brasileiro durante a luta pela liderança da etapa de Nashville. Rivais desde o ano 2000, quando Daré bateu Hornish na disputa do título de melhor estreante do ano, os dois sempre mantiveram relacionamento normal, mas Daré não perdoou a atitude do piloto dos Estados Unidos, que o privou de mais uma boa colocação e, em conseqüência, o fez perder uma posição no campeonato.
Daré estava fazendo uma de suas melhores corridas em Nashville. Largando em 19o, o piloto de Bauru fez excelente recuperação e já disputava as primeiras colocações na metade da prova. Beneficiando-se de paradas rápidas de reabastecimento, ele permaneceu em primeiro por nove voltas, mas por um cochilo do seu observador, que não lhe avisou em tempo de que Hornish tentava superá-lo por dentro, causou o problema.
?Eu sabia que o único carro mais veloz que o meu naquele momento era o dele, e não pretendia endurecer a disputa porque outros pilotos chegariam e seria pior para os dois, mas nunca daria a linha interna para ele. Mas o meu observador não me avisou e quando vi, não dava para fechar a porta e dei espaço para ele. Mas, em vez de ficar por dentro, ele ficou por fora e me jogou na parte suja da pista, que escorrega como se fosse uma poça de óleo. Perdi o controle e bati no muro em uma corrida que poderia até ter vencido", queixou-se.
Na segunda-feira, John Barnes, chefe da equipe Panther, de Hornish, telefonou para Daré assegurando que a atitude de seu piloto não foi intencional. "A televisão mostra que, depois que meu carro escorregou, ele colocou o dele na trajetória correta, bem por dentro. Como ele não conseguiu fazer isso quando eu estava ao lado?", retrucou o piloto de Bauru. "Disse ao Barnes que o Hornish esqueceu que está disputando o campeonato e pode precisar da minha boa vontade em uma das corridas que faltam, mas não sei se vou lhe ceder a melhor trajetória", afirmou.
"A verdade é que ele nunca se conformou que um brasileiro e não ele fosse o estreante do ano em 2000 e, também, que a Panther tivesse primeiro me convidado para guiar para eles em 2001", prosseguiu o piloto de Bauru. "Só foram atrás dele quando porque eu estava sob contrato com o TeamXtreme. No começo deste ano, voltaram a me fazer propostas e quase assinei com eles. Quando tirei a vitória das mãos dele na corrida anterior, no Kansas, ele reclamou de Deus e o mundo dizendo que o diretor de prova não o avisou sobre a relargada pelo rádio. Ora, não avisou a ninguém. Ele bobeou, eu passei por fora e venci a corrida. Ele não perde por esperar, vai ter o troco na hora certa", alertou Daré. |
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Luiz Rodrigues |
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