22/09/2001 Devem sobrar espaços nas arquibancadas de Indianápolis
Antes mesmo que Boeings pilotados por homens de mentes ensandecidas atingissem em cheio os centros financeiro e administrativo de um país que até então se julgava invulnerável, a impressão que se tinha dentro e fora dos Estados Unidos era a de que a segunda prova depois do retorno do "circo" da Fórmula 1 àquela nação ficaria anos luz distante da corrida do ano passado em se tratando de número de espectadores.
No ano passado, nada menos que 263 mil pessoas lotaram as arquibancadas do circuito de Indianápolis, que havia recém construído uma pista especial para a Fórmula 1, novidade que foi sem dúvida um dos chamarizes para uma significativa parcela do excelente número de assistentes.
Dentre a multidão, haviam inúmeros jovens que ou por nem serem nascidos à época, ou pela pouca idade que tinham então, nem se lembravam como era o "circo", que por temporadas a fio deixou de fora de seu calendário a Terra de Tio Sam.
Dos "teens" presentes às arquibancadas em 2000, certamente muitos foram a Indianápolis tendo em mente as velocidades fantásticas com que os bólidos que normalmente correm no circuito oval cruzam a reta, e exatamente em função disto se decepcionaram com os carros da Fórmula 1, que no trecho defronte aos boxes andaram num ritmo bem mais lento que aquele esperado pelos jovens torcedores.
À decepção pela "falta de velocidade" dos carros do "circo", juntem-se alguns fatos: o certame 2001 chega à América do Norte com os títulos já definidos em favor de Michael Schumacher e da Ferrari; não há nenhum norte-americano na Fórmula 1, e existe o temor de que os terroristas de plantão possam aproveitar o evento internacional para novamente cometerem barbaridades, especialmente depois que George W. Bush ameaçou, mas ainda não pôs em prática nenhuma ação efetiva no sentido de caçar aqueles que foram os responsáveis pelas atrocidades em Washington e Nova Iorque.
Está pronto o cenário para que o GP Norte-americano de 2001 se torne uma das provas do "circo" com menos espectadores. |