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Cacá Bueno recupera a vitória conquistada em Jacarepaguá |
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A Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva julgou na tarde desta segunda-feira, o recurso do piloto Cacá Bueno e anulou por unanimidade (quatro votos a zero) a desclassificação imposta pela Confederação Brasileira de Automobilismo ao piloto que venceu a sétima etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Car V8, que foi disputada no dia 11 de agosto, no Rio de Janeiro. Com isso, Cacá recupera os 25 pontos da vitória e salta para a quarta colocação na tabela de classificação.
?Foi feita justiça. Eu e toda a equipe sabíamos que ninguém havia mexido na peça. A vitória no Rio foi conquistada na pista, da forma mais limpa possível, e o tribunal comprovou isso?, vibrou Cacá, depois de mais de três horas de julgamento, no qual foi um dos depoentes.
A alegação da CBA para tirar-lhe os pontos no Rio havia sido a de que a válvula de combustível do carro de Cacá estava irregular, diferente das peças dos outros carros cujos pilotos também foram ao pódio. Na prova, Cacá fizera o tempo mais rápido do pit stop.
A defesa de Cacá no julgamento, feita pelo advogado Dr. Alper Alves Pereira, recorreu a vários fatos, dentre os quais a de que a vitória não fora construída somente no reabastecimento; o único fornecedor de válvulas de combustível da categoria as fabrica artesanalmente, e, embora sejam parecidas, possuem diferenças; e que Cacá e sua equipe, a Action Power, possuem um histórico de vitórias e títulos juntamente com uma reputação ilibada.
A base da defesa, porém, se constituiu, fundamentalmente, num item que convenceu os auditores: não existe nos regulamentos técnico e desportivo de competição da CBA especificações sobre as medidas das válvulas de combustível. Nem ao menos um gráfico ou desenho, ou ainda um modelo. E as peças são utilizadas pelas equipes da forma como vêm da fábrica.
Afirmações do Sr. Colinha, fabricante das peças, foram utilizadas como prova pela defesa: ele admitiu fazer eventualmente retrabalhos em algumas válvulas que fornece e afirma também ter visto as peças após a prova no Rio e não ter encontrado nada de errado com elas. |
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Luiz Rodrigues |
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