Com a velocidade de um Fórmula 1 cortando a reta de um circuito qualquer pelo mundo afora, nove anos se passaram desde aquele trágico final de semana do Grande Prêmio de San Marino do dia primeiro de maio de 1994, uma data que mesmo aqueles menos fanáticos pela Fórmula 1 jamais vão se esquecer, já que a trágica morte de Ayrton Senna da Silva, mais que um piloto, levou embora um herói nacional.
Já nos treinos livres da sexta-feira ficou claro que aquele seria um final de semana diferente de tantos outros. Que aquele Grande Prêmio específico ia ficar marcado para sempre na memória de todos.
O brasileiro Rubens Barrichello literalmente decolou da pista com seu Jordan/Hart, parando apenas quando o carro atingiu a tela de proteção que separa a pista das arquibancadas.
No sábado, 30 de abril, o estreante austríaco Roland Ratzenberger teve morte instantânea depois que seu Symtek/Ford bateu forte contra o guard rail, um episódio que mexeu bastante com todos os pilotos, mas que tocou profundamente especialmente a Ayrton Senna, pela cabeça de quem chegou a passar a possibilidade de não largar na corrida do dia seguinte, apesar da conquista daquela que foi a 65ª e última pole position de sua carreira.
Antes da prova daquele primeiro de maio de 1994, Senna fez algo que não costumava fazer nos momentos que antecediam às corridas: permaneceu parado, com as mãos espalmadas sobre o aerofólio traseiro de seu Williams F16 por um bom tempo, fixando o olhar em algum ponto distante, provavelmente o mesmo no qual estava seu pensamento.
A a luz verde daquela corrida deu início a uma prova que começou como tantas outras, com Ayrton Senna da Silva adiante de todos os demais pilotos do ?circo? de então.
A história daquele GP específico, porém, não terminou com mais um triunfo do paulistano que havia nascido 34 anos antes, e que ganhara sua primeira corrida de Fórmula 1 no chuvoso GP de GP de Portugal de 1985, a bordo de um Lotus Renault.
A história daquele Grande Prêmio registrou o final da vida de um piloto que neste primeiro de maio recebeu homenagens mais que justas nos quatro cantos do planeta. |