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10/09/2003
Um nojento exercício de sensacionalismo


Causa repulsa o fato de jornais dos mais diversos cantos do país que são incapazes de informar até mesmo os resultados de corridas terem aberto manchetes na última segunda-feira para destacar a morte do estudante de jornalismo Raphael Lima Pereira ocorrida na etapa da Stock Car V8 disputada em Campo Grande.

Mais repugnante ainda foi a menção da possibilidade de ter havido negligência dos promotores do evento no episódio.

Ora, poupem-nos de tantas asneiras, poderosos Senhores Editores-chefes.

Em primeiro lugar: se estes Senhores que optaram por destacar o lamentável fato nas primeiras páginas de seus diários se dignassem uma única vez a levantarem-se de suas confortáveis poltronas giratórias para irem ?ralar? na cobertura de uma corrida, poderiam facilmente verificar o quão rigoroso é o critério adotado para a distribuição de credenciais, o que deixa absolutamente claro que não foi aí que ocorreu a falha que culminou com a morte do segundanista de jornalismo.

Ainda na hipótese de uma vez estes Senhores dignarem-se a comparecer a um autódromo, poderão acompanhar de perto o quanto se zela para que fatos tão lamentáveis não aconteçam, o quanto de cuidados são tomados para que de repente um irresponsável fedelho não esteja adiante dos pneus, que, como o próprio nome sugere, são ?de proteção?.

A ?viajada? quanto à hipótese de negligência levantada na própria segunda-feira é uma insinuação idiota, para dizer-se o mínimo.

A esta altura, sentado confortavelmente em alguma poltrona giratória, esses energúmenos sensacionalistas podem se estar perguntado: ?Ora, como então o tal Raphael estava naquele lugar?.

Para responder à completamente imbecil, mas natural indagação, cabe lembrar que o pressuposto na concessão de uma credencial é de que o profissional enviado para a cobertura de uma corrida tenha algo mais que dois neurônios, o que lhe indicaria naturalmente o risco de estar ao lado de uma pista onde não raro os veículos superam os 200 quilômetros horários.

Teria ainda ?ene? motivos para apontar o quão repugnante foi a decisão de manchetar o lamentável fato ocorrido na capital sul-mato-grossense, mas vou ater-me num único pedido aos Todo-Poderoso Senhores que definem o que vai e o que não vai ser publicado num determinado jornal: Se a linha editorial de seus veículos é a de não divulgar o esporte a motor, mantenham-na, poupando as publicações que lhes pagam os salários do ridículo de submeter seus leitores a esporádicos exercícios de sensacionalismo.
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